Educação, cigarros & higiene bucal.
O Ministério da Saúde, através de sua ferramenta de pesquisa telefônica VIGITEL confirmou que apesar da parcela da população brasileira, acima de 18 anos, que fuma ter reduzido em 20% nos últimos seis anos, ainda existem muitos brasileiros fumantes no espectro de mais de 200 milhões de habitantes dessa nação.
A última pesquisa feita em 2012 – mostrou que 12% da população ainda é de fumantes regulares. É o menor porcentual registrado desde o começo desse tipo de pesquisa, o que mostra os efeitos da informação e campanhas de combate a esse hábito nocivo.
Na primeira vez que se realizou esse tipo de pesquisa nas capitais do país, com população acima de 18 anos, 15,6% das pessoas diziam fumar versus os 12% estimados agora.
Atualmente população masculina apresenta maior porcentual de fumantes.
Estima-se que 12% dos homens e 9% das mulheres tenham confirmado o consumo regular de cigarros.
Porto Alegre foi a capital que registrou o maior índice de fumantes auto-declarados 18%.
O trabalho indica ainda que a dependência do cigarro é mais frequente nas pessoas com baixa escolaridade. Dos que tinham menos de 8 anos de escolaridade, 16% fumavam e o grupo com 12 ou mais anos de escolaridade incluía 9 % de fumantes.
É curioso notar que a questão de escolaridade (indicador clássico para a educação) também mostra diferenças quando o tema é a prática da Higiene Bucal regular.
Em 2007 a colega Risia Maria de Oliveira Figueiredo e colaboradores publicaram estudo na RGO (http://www.revistargo.com.br) aonde observaram que 84,4% de um grupo de analfabetos ou que estudaram até o primeiro grau não usavam fio dental, escova e pasta de dentes regularmente versus 68,2% dentre aqueles com maior nível de escolaridade.
Ou seja, fumar e não higienizar os dentes com frequência e dedicação adequada é, entre outras coisas, questão de educação que deve ser observada com maior afinco pelos nossos governantes e profissionais de saúde.