Entenda como distúrbio de ATM está relacionado a quimio e radioterapia
A articulação que liga o maxilar à mandíbula pode não funcionar corretamente. Entenda como o distúrbio de atm está relacionado a quimio e radioterapia!
A articulação temporomandibular é uma das mais complexas do corpo humano, já que é responsável pela mobilidade que essa região faz para os lados, para frente e para trás. Os movimentos dessa região é necessário no momento de: falar, mastigar, engolir, bocejar e etc.
Todo e qualquer condição que impeça o funcionamento normal do sistema de músculos, ligamentos, discos e ossos da região é chamado de Distúrbio na ATM. Caso tenha dúvidas se está com o problema, saiba que a sensação inicial é que sua mandíbula está travada totalmente por alguns instantes, estalando e saltando para fora.
Grupo de risco
Os D-ATM (distúrbios na articulação temporomandibular) são mais comuns entre mulheres de aproximadamente 20 anos e entre os 40 e 50 anos. Em casos raros, os bebês nascem com anormalidades das articulações da região. Os distúrbios temporomandibulares incluem problemas com as articulações, nos músculos e nas laterais do tecido fibroso que os une.
Principais sintomas de distúrbio na ATM
- Forte dor de cabeça (enxaqueca);
- Dores de ouvido;
- Pressão e dor atrás dos olhos;
- Estalos ou chiado ao movimentar a boca;
- Dor ao abrir a boca, bocejar ou mastigar;
- Deslocamento da mandíbula;
- Flacidez na pele da região;
- Mudança repentina no modo que os dentes superiores e inferiores se encaixam ao fechar a boca;
- Dores frequentes no pescoço e no ombro;
- Inchaço na lateral do rosto;
- Zumbido no ouvido.
Como é feito o diagnóstico do distúrbio de ATM?
Para fechar o diagnóstico o paciente precisa passar pela avaliação clínica de um dentista e realizar os exames de imagem. Em casos mais graves podem ser solicitados exames como polissonografia e de aspiração de líquido.
Na maioria dos casos, o distúrbio temporomandibular é diagnosticado com base unicamente no histórico da pessoa, sintomas relatados e em um exame físico. Este envolve pressionar gentilmente do lado do rosto ou colocar o dedo mínimo no ouvido da pessoa e pressionar suavemente para a frente enquanto a pessoa abre e fecha a mandíbula, e ouvindo ou sentindo sons de raspadas, cliques ou estalos. Além disso, o médico pressiona suavemente os músculos da mastigação para detectar dor ou sensibilidade e observa se a mandíbula desliza quando a pessoa morde.
Durante o exame o médico pode pedir a pessoa para abrir a boca o quanto puder, até onde se sentir confortável. Uma pessoa de tamanho normal pode abrir a boca pelo menos 4 centímetros.
Causas do D-ATM
Mesmo com o diagnóstico dado pelo especialista, em muitos casos não é possível chegar até a raiz inicial do problema e identificar a causa. Especialistas relatam que as mais comuns são: fatores emocionais, como estresse, tensão e ansiedade, até mesmo por questões físicas, como alguma batida ou deslocamento ou mesmo um hábito errado, tais quais roer as unhas ou usar um lado mais do que o outro.
Relação com pacientes de quimioterapia e radioterapia
A dificuldade de mastigação pode ser resultado de alterações físicas na boca, queixo ou língua causada pelo câncer, especialmente de boca e orofaringe, mas, também pode ser um efeito colateral do tratamento. Além da D-ATM, a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia podem causar problemas na boca que incluem:
- Mucosite (dor, feridas ou inflamações);
- Boca seca em função da radioterapia, quimioterapia ou medicamentos;
- Cáries dentárias, perda de dentes ou gengivite;
- Dor na boca;
- Perda de massa óssea ou tecido na mandíbula;
- Mudanças físicas no formato no queixo ou língua.
O tratamento do câncer tem por finalidade a cura ou alívio dos sintomas da doença. Os tratamentos com medicamentos (como no caso da quimioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar efeitos colaterais que variam de paciente para paciente dependendo de múltiplos fatores, podendo ser diferentes quanto a intensidade e duração. Alguns pacientes poderão apresentar efeitos colaterais mais severos, outros mais leves ou mesmo não apresentar qualquer efeito colateral.
O paciente deve sempre estar muito atento em relação aos efeitos colaterais devido ao tratamento que está realizando, e procurar imediatamente o médico que o acompanha para receber as orientações necessárias para seu caso.
Os problemas causados pela D-ATM podem ser tratados com relaxantes musculares, fisioterapia ou em alguns casos, com cirurgia.
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