Um dos problemas que mais causa incômodo quando se trata do no nosso relacionamento social, íntimo e/ou profissional, é o da halitose, também conhecida como mau hálito.

A Associação Brasileira de Halitose – ABHA declara que, aproximadamente, 30% da população sofre com este problema, cerca de 50 milhões de pessoas. Por isso, é importante entendermos o que é o mau hálito, suas causas, qual impacto social ele pode causar e, principalmente, como acabar com ele. 

Mas o que é mau hálito?

Sua origem vem do latim “Halitu” que significa ar expirado e “osi” alteração. Assim, podendo ser definida como uma alteração de odor desagradável proveniente da respiração (hálito).

A halitose pode ser classificações em 3 tipos diferentes, que são: a halitose verdadeira, a pseudo-halitose (a pessoa acredita ter, mas não tem) e a halitofobia. Essa última são pessoas que acreditam que a halitose persiste mesmo após tratamento adequado.

A halitose verdadeira pode ser de origem fisiológica e/ou patológica. A halitose patológica é algo que não pode ser resolvido com balas de menta, ou mesmo com o uso de um enxaguante bucal.

Assim, ao contrário do “mau hálito ao acordar” (halitose fisiológica) a halitose patológica é sustentada por um longo período de tempo e pode ser um sinal que algo não vai bem.

Quais as causas do mau hálito?

Antes de mais nada, devemos deixar claro que o mau hálito não é uma doença em si, e sim uma manifestação de alguma doença que pode ser patológica ou não.

Estudos revelam que o mau hálito é um problema comum em adultos de ambos os sexos. Tendo, aproximadamente, 60 causas distintas, o que caracteriza sua origem como multifatorial. O mau hálito tem como principal fator causador a decomposição da matéria orgânica, provocada por bactérias anaeróbias na boca.

A Associação Brasileira de Halitose – ABHA afirma que 90% dos casos de mau hálito são causados no ambiente bucal – devido às más condições de higiene ou a doenças da cavidade oral – e cerca de 10% têm causas sistêmicas.

 Achados bucais:

Outras causas:

Como o mau hálito pode causar um impacto social?

Infelizmente, a maioria das pessoas com mau hálito não tem ciência do seu problema. Nos casos conscientes, os indivíduos se preocupar mais com a repercussão social, do que com os aspectos negativo a sua saúde.

Assim, quando o indivíduo desenvolver um envolvimento psicológico, suas relações pessoais, sociais e profissionais são afetadas.

De forma mais clara, o mau hálito pode afetar a autoestima da pessoa e pode levar a problemas psicossociais, como por exemplo: insegurança ao falar, depressão, dificuldade para relações afetivas, ansiedade e etc.

Como acabar com o mau hálito?

Acabar com o mau hálito é sim possível, mas além de manter uma higiene bucal adequada e regular, você precisa seguir os seguintes passos:

  1. Deve-se escovar os dentes após cada refeição e antes de dormir, pois durante a noite a produção de saliva diminui o que ajuda a proliferação das bactérias.
  2. Importante não esquecer que a escovação também inclui a língua, fazer uso de um limpador de língua, torna a higienização bucal mais eficiente.
  3. Faça uso de uso de um enxaguante bucal e do uso do fio dental pelo menos uma vez ao dia.
  4. Beba bastante água, o que favorece a produção de saliva, que é o agente de limpeza natural mais poderoso para a boca. Evite hábitos prejudiciais como álcool e o fumo.
  5. Tenha cuidado com as dietas. Períodos prolongados de jejum, pular uma refeição do dia ou comer dietas de baixa caloria podem favorecer o aparecimento de mau hálito.
  6. Recomenda-se uma visita ao dentista a cada 3 meses. Principalmente, para pessoas que fazem uso de dentaduras e outros materiais protéticos.
  7. As dentaduras devem ser removidas e limpas pelo menos uma vez ao dia.

Por fim, certifique-se de que os níveis de glicemia estão dentro da normalidade e que o funcionamento do estômago, rins e intestinos não apresentam nenhuma alteração.

Se o mau hálito persistir, pode haver alguma causa patológica, como doença periodontal, cárie ou até doenças digestivas ou respiratórias. Por esse motivo, é essencial uma visita ao dentista para realizar um exame oral completo, e se necessário uma abordagem multiprofissional.

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