Profissionais da Saúde.
A falta de mais de 4 milhões de profissionais da saúde no mundo, tem um impacto “devastador” na capacidade de vários países para lidar com as doenças e promover saúde. É o que afirma um dos últimos Relatórios Mundiais da Saúde ? feito pela OMS.
No Brasil, o problema não é a escassez e sim a má distribuição dos profissionais de saúde. Dados do Ministério da Saúde e do Trabalho apontam para mais de 2,5 milhões de profissionais da saúde nos grandes centros urbanos. Apesar disso, poucos são os que se estabelecem nas periferias e nas zonas rurais do país.
A odontologia sofre com o mesmo problema. Apesar do Brasil dispor de 20% da mão de obra mundial, a grande maioria dos profissionais e auxiliares do segmento atua nos grandes centros urbanos da região sudeste – a mais rica do Brasil.
O resultado disso é o mesmo para qualquer profissão da saúde. Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro apresentam uma adequada proporção entre profissionais de saúde e pacientes, como um país de primeiro mundo, parte dos municípios do Centro ? Oeste, Norte e Nordeste – sequer dispõe de um posto de atendimento com um médico responsável ? imagine um dentista.
As políticas públicas para a saúde devem levar esses dados em consideração e promover incentivos para a melhor distribuição dos profissionais pelo amplo território brasileiro. Mas isso não basta. Também é preciso melhorar o acesso da população aos ítens de primeira necessidade ? como a educação e as oportunidades de consumo e de reposição de produtos básicos como a escova de dente, o fio ? dental, o protetor solar, as linhas de cuidados infantis e algumas medicações.
Que as lideranças do país considerem essas questões para o aprimoramento do acesso à saúde pelos brasileiros.
Prof. Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes
Cirurgião-Dentista | Mestre em Odontologia pela Universidade Paulista | Membro da Sociedade Brasileira de Periodontia e da American Academy of Periodontology